Transporte coletivo

Sair cedo de casa e pegar trem, ônibus, barca, metrô... É uma luta diária que muita gente conhece. Atrasos, super lotação, má conservação, alto preço da passagem são reclamações freqüentes entre os usuários. Outro grande problema é a questão da gratuidade. Como idosos, deficientes e estudantes, não pagam a passagem alguns motoristas não param. Assim, os passageiros começam a optar pelo transporte alternativo (vans, moto táxi, Kombi..), só que este nem sempre está legalizado e acaba gerando ‘dor de cabeça’ também. Na verdade se locomover, onde 90% da população usa o transporte coletivo, está sendo um grande problema.
“ Eu moro em Oswaldo Cruz e estudo em Madureira. Tenho que ir para a faculdade de Kombi todos os dias, ou então vou a pé, porque ônibus para o local em que eu estudo desse lado não passa e isso dificulta porque quando há proibição na circulação das kombis, tenho que ir andando mesmo que esteja muito calor” , comenta a estudante Cristiane Almeida, 23 anos.

Os moradores da baixada fluminense e do subúrbio, se sentem bastante prejudicados no quesito condução, afirmam que na maioria das vezes eles precisam pegar dois ônibus para chegar ao seu destino. “ É absurda a falta de consideração que eles tem com a gente, os ônibus demoram a passar, quando passam estão sempre cheios e ainda temos que fazer baldeação. Sem contar com a má conservação do ônibus, você pagar 4,00 reais numa passagem e ainda encontrar barata dentro do ônibus é uma falta de respeito” diz Ádila Marcelle, 20 anos, moradora de Anchieta.

No último dia 11, houve uma falha grave na super via. Por conta de um pequeno incêndio na caixa de força da estação de Nilópolis, o ramal de Japeri parou, afetando também os ramais de Santa Cruz e Deodoro, porém isso não foi avisado aos passageiros, os trens paravam em uma determinada estação e as pessoas eram obrigadas a descer. Houve constrangimento e muita confusão nas estações e na Central do Brasil.
“ É lamentável que isso ocorra. A empresa tem que dar a informação correta e completa para o cliente. Existem leis que protegem e garantem os direitos dos passageiros. O serviço não pode ser simplesmente testado de uma forma displicente, há que se prestar com eficiência e isso engloba rapidez, segurança e conforto. E se isso não esta sendo observado a empresa está descumprindo o papel para o qual ela se disponibilizou ” diz o defensor público, Fabio Scharwartz, em entrevista para o RJTV .

Acidentes também são comuns por culpa da super lotação, que segundo o DETRO ( Departamento de transportes rodoviários), provém da falta de fiscalização. “ É impossível entrar em um trem com destino a Japeri, as 17:30, em Madureira. As pessoas já estão com metade do corpo para fora da porta, como alguém vai conseguir se encaixar ali?! É deprimente o sufoco que temos que passar para trabalhar, estudar ou até mesmo voltar para casa. Eu acho que pessoas deviam ser tratadas como pessoas. “ diz Bruno da Silva, 24 anos.

A supervia informou, ao jornal RJTV, que está investindo na melhoria do serviço prestado, em 10 anos já foram investidos mais de 500 milhões de reais em reformas de trens e estações, além de obras de infraestrutura. A super via disse ainda que está ampliando e renovando a frota de trens para melhorar o transporte público na região metropolitana.
Já a agencia reguladora de serviços públicos de transportes do estado, informou que os técnicos fazem inspeções periódicas as concessionárias, barcas, metrôs e trens. E em caso de descumprimento do contrato a agencia pede a concessionária a imediata reparação, se o problema continuar abre um processo para adotar as medidas cabíveis ou as sanções previstas em contratos que vão desde advertência até a aplicação de multas. O usuário pode fazer suas queixas ou denuncias sobre as concessionárias pelo telefone 0800 285 97 96 .